Moradia de Guimarães escondia primeira estrutura clandestina encontrada em Portugal. Membros do grupo liderado por ladrão em fuga acusados de tráfico e associação criminosa.
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O primeiro laboratório de produção de cocaína descoberto em Portugal era abastecido por “correios” que, a um ritmo quase diário, viajavam, de avião, entre o Brasil e Portugal, com pasta de coca escondida na bagagem de mão. O espaço, em Guimarães e desmantelado pela Polícia Judiciária (PJ) no final do ano passado, estava ao serviço de um grupo liderado por um foragido português, que tinha como braço-direito um brasileiro que falsificou documentos para residir em Penafiel. Ambos foram, anteontem, acusados de tráfico de droga e associação criminosa. Pelos mesmos crimes respondem os “cozinheiros” da coca, de nacionalidade colombiana e brasileira, e uma das “mulas”.
Segundo o Ministério Público, Rúben Vale, lisboeta de 41 anos, foi o mentor do plano que levou à criação daquele que terá sido, em Portugal, o primeiro laboratório de transformação de pasta de coca em cloridrato de cocaína, o pó que é consumido por toxicodependentes. Figura cimeira da organização era ainda Jander Maciel, brasileiro, de 27 anos.