Ministério Público garante que empreitadas adjudicadas por diretores da Direção Geral de Recursos da Defesa Nacional não eram concluídas na totalidade. Empresários amigos teriam assim um lucro extra, que aproveitavam para luvas.
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Dezenas de obras encomendadas pela Direção Geral dos Recursos da Defesa Nacional (DGRDN), com adjudicações feitas à medida de empresários amigos, não foram concluídas na totalidade. De acordo com a acusação do Ministério Público (MP) que imputa crimes de corrupção, peculato, branqueamento e falsificação aos três ex-diretores da Defesa, a quatro funcionários do mesmo organismo e a mais de 30 empresários, esses trabalhos não executados serviram para pagar as luvas e comissões ocultas que lesaram o Estado em 1,4 milhões de euros.
No quartel de Santa Margarida, na Base Naval do Alfeite, em Tancos mas também em muitas outras instalações militares de todo o país, não foram realizadas pequenas obras que estavam incluídas nos cadernos de encargos das empreitadas encomendadas e pagas pela DGRDF.