Rede criminosa falsificou documentos e usou dezenas de testas de ferro para contrair empréstimos de 41 milhões de euros.
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Um grupo criminoso obteve mais de 41 milhões de euros em empréstimos bancários para a compra de segundas habitações, no Algarve, à conta de documentos falsos. Só na diferença entre o valor recebido e o preço total dos 304 imóveis, os dois cabecilhas da rede, um brasileiro e um italiano, lucraram mais de dez milhões de euros. O Ministério Público do Departamento de Investigação e Ação Penal (MP/DIAP) de Évora acusou agora 20 arguidos de associação criminosa, burla qualificada, falsificação de documentos e branqueamento.
Segundo a acusação, o esquema funcionou durante quase uma década, até ser desmantelado pelas autoridades portuguesas em 2024. Os cabecilhas, Paulo, de 41 anos, e Alisson, de 42, criaram uma empresa de gestão hoteleira em Inglaterra. Em 2014, quando pediram um empréstimo para comprar uma segunda habitação no Algarve, aperceberam-se de que os bancos portugueses não cruzavam os dados com os bancos e as autoridades do Reino Unido. Decidiram então montar uma estratégia para obter financiamentos bancários de modo fraudulento.