Cunha Ribeiro, o ex-presidente da Administração Regional de Saúde (ARS) de Lisboa a quem o Ministério Público (MP) acaba de imputar 12 crimes no caso "Máfia do Sangue", é acusado pela bastonária dos enfermeiros, Ana Rita Cavaco, de lhe ter proposto o arquivamento de um processo disciplinar, se ela deixasse de falar, no Conselho Nacional do PSD, das relações dele com o gerente da Octapharma, Lalanda e Castro.
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A acusação da "Máfia do Sangue" alude àquela espécie de chantagem, por referência a outro processo do MP, aberto após participação criminal de Ana Rita Cavaco contra Cunha Ribeiro, em 2014. Ao JN, a atual bastonária revela que este inquérito foi arquivado, em 2017, mas insiste que Cunha Ribeiro tentou comprar o seu silêncio, usando como intermediário o atual diretor do jornal "Polígrafo", Fernando Esteves.
Quando membro do Conselho Nacional do PSD, Ana Rita Cavaco aproveitou duas reuniões deste órgão, em 2013 e na presença do então primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, para denunciar "relações pouco transparentes" entre Cunha Ribeiro e a Octapharma". Neste caso, aludiu a informação de que o então presidente da ARS residia num apartamento de luxo, em Lisboa, de Lalanda e Castro.
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