Este ano está a ser marcado por mais crimes e mais detenções. Esta é a conclusão do balanço operacional da GNR e da PSP relativamente aos primeiros oito meses de 2023.
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Os números foram apresentados, nesta sexta-feira, pelo ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, numa cerimónia realizada no Porto e durante a qual ficou bem patente o crescimento da criminalidade relacionada com o tráfico de droga.
Só a GNR apreendeu mais de 6,6 toneladas de droga entre janeiro e agosto, aumentando em 101% a quantidade apanhada comparativamente aos mesmos meses do ano transato. A PSP não revelou a quantidade apreendida, preferindo destacar o número de apreensões (mais 26% do que em 2022) e de detenções. Até agosto, foram detidos 3715 traficantes (mais 37%), estatística que contribuiu para que o tráfico de droga tenha sido o crime que mais subiu na área de intervenção da PSP.
A análise dos dados da PSP revelam que também cresceu a criminalidade geral, a violenta e grave, a delinquência grupal e ainda a juvenil. Neste último item, o aumento foi de 15,7%.
Ao todo, a Polícia registou 16473 crimes (mais 1,2%), dos quais resultaram 18.929 detenções (mais 7,5%).
Violência grupal com grande crescimento na área da GNR
Na área da GNR, a tendência de crescimento foi semelhante. Mais crimes (8%), mais detenções (22%) e mais contraordenações (14%) foram assinalados de janeiro a agosto.
No mesmo período, os guardas apreenderam mais veículos (4%) e mais armas (18%), ao mesmo tempo que registaram mais casos de fraude e evasão fiscal, alcançando, até agosto, um montante superior a 1,8 milhões de euros (mais 17%).
Por outro lado, os 1989 episódios de criminalidade grupal deste ano significam um crescimento de 35%, enquanto os 10315 casos de violência doméstica representam um aumento de 4% deste crime relativamente a 2022.