Advogados dos arguidos muito críticos para com investigação e trabalho do Ministério Público.
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Quatro dos advogados defensores dos arguidos optaram por fazer exposições introdutórias, todas elas marcadas por duras críticas à investigação e à acusação do Ministério Público, cuja procuradora prescindiu de fazer alegações nesta fase.
Cristiana Carvalho, advogada de Fernando Saul, considerou que este julgamento “não é mais do que terrorismo jurídico”. A causídica disse mesmo que a acusação “envergonharia um jovem caloiro do curso de Direito” e “levaria Kafka a reescrever ‘O processo’. Acusa-se com base em não factos, conclusões genéricas, sem concretizações”.
O advogado de Hugo Loureiro (“Fanfas”), Francisco Duarte, queixou-se de que “nunca foi possível trazer testemunhas ou exercer contraditório” e de que a acusação “está inundada de factos genéricos, não comprovados, sem relevância jurídico-criminal”.
“Iremos provar que é uma acusação irreal, que não corresponde à verdade”, sustentou Adélia Moreira, advogada de José Pedro Pereira, garantindo que “a coautoria não existe entre os arguidos” e que se chegou a modificar uma mensagem para tentar fazer essa ligação.
Por fim, para António Caetano, representante de Fábio Sousa, o MP fez um “exercício de facilitismo”, onde “não há o mínimo de concretização”.