Um homem ficou proibido de contactar e de se aproximar da ex-mulher, tendo de abandonar a casa onde ainda residia com ela, em Leiria. É suspeito de injuriar, ameaçar e agredir a companheira enquanto eram um casal e, já separados, de deixar cartões de papel e enviar SMS com ameaças e insultos.
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A investigação do DIAP de Leiria, em colaboração com a GNR, permitiu apurar que, ao longo do casamento, por diversas vezes, o arguido injuriou, ameaçou e agrediu fisicamente a sua esposa, no interior da residência do casal. Após a separação, o homem dirigiu-se várias vezes à parte de cima da casa, onde ficou a residir a vítima, bem como ao domicílio profissional desta, e injuriou-a e ameaçou-a através de cartões de papel que deixava naqueles locais. Além disso, ainda enviou mesagens escritas com o mesmo teor para o telemóvel dela,
Segundo uma nota da Procuradoria da República da Comarca de Leiria, "ao atuar deste modo, o arguido pretendia e conseguiu provocar sofrimento, humilhação e vergonha na vítima, atentando contra a sua dignidade, numa postura de prevalência e de dominação, provocando assim mau estar psicológico na mesma".
O suspeito acabaria por ser detido na passada sexta-feira, dia 18 de outubro. Nesse mesmo dia foi apresentado a primeiro interrogatório judicial por suspeitas de um crime de violência doméstica agravada. Ficou proibido de se aproximar e de a contactar e terá de abandonar a casa que partilhava com ela.
"Verificando-se a existência de perigo de continuação de atividade criminosa, no âmbito do primeiro interrogatório judicial, foi determinado que o arguido aguardasse os trâmites do processo sujeito, cumulativamente, às obrigações decorrentes do termo de identidade e residência (TIR), à proibição de contactar por qualquer meio com a vítima e à proibição de frequentar a residência daquela, devendo abandonar de imediato o rés-do-chão do edifício onde tem permanecido até ao dia de hoje. Mais se determinou que tais medidas fossem fiscalizadas por meios técnicos de controlo à distância, fixando-se uma distância mínima", anuncia a nota da Procuradoria.