O Ministério Público acusou o ex-presidente de câmara de Espinho e deputado Joaquim Pinto Moreira de corrupção passiva, tráfico de influência e violação das regras urbanísticas, no âmbito da Operação Vórtex. Terá recebido 50 mil euros num café de Gaia para favorecer um empreendimento do Grupo Pessegueiro.
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Também acusados de corrupção foram o ex-autarca de Espinho, Miguel Reis, os empresários Paulo Malafaia e Francisco Pessegueiro, assim como quatro arquitetos, sendo um deles funcionário da câmara de Valongo, outro diretor do departamento de planeamento e desenvolvimento de Espinho e um terceiro que era chefe da divisão de obras, além de cinco empresas ligadas aos arguidos.
De acordo com a acusação, a que o JN teve acesso, Joaquim Pinto Moreira foi corrompido por Pessegueiro e Malafaia, com 50 mil euros para que o então presidente de câmara facilitasse empreendimentos urbanísticos. Eram os projetos “Urban 32”, "Sky Bay”, “32 Nascente” e Lar Hécules.
“No dia 27 de novembro de 2020, realizada a venda do imóvel para onde estava projetado o Urban 32, pela Construções Pessegueiros à Hora Imperial, Unipessoal, com intermediação de Paulo Malafaia, este entregou a quantia de 50 mil euros em dinheiro a Francisco Pessegueiro, que a deu a Pinto Moreira, no mesmo dia, no café Pastello, em São Félix da Marinha, em Gaia”, garante o MP.
O então autarca de Espinho, que sempre garantiu ser inocente, também terá solicitado 25 mil euros a Pessegueiro por cada um dos projetos urbanísticos em que viria a intervir.
O MP garante que mesmo depois de ter deixado a câmara para abraçar a carreira de deputado, Pinto Moreira procurou manter influência junto do então chefe da divisão de obras, também acusado.