Desaparecimento misterioso: Conceição lanchou numa padaria com Jair e nunca mais foi vista
Ex-casal saiu da dancetaria e fez um quilómetro para comer. Desde o domingo passado, desaparecimento continua por explicar e PJ não descarta qualquer cenário.
Corpo do artigo
Foi na padaria Delícia do Arieiro, na Palhaça, que Conceição Figueiredo, a mulher de 69 anos que está desaparecida, em Oliveira do Bairro, desde domingo, foi vista pela última vez. Esteve a lanchar na companhia de Jair Pereira, de 58 anos, com quem havia tido uma relação amorosa no verão passado e que se encontra, também, em paradeiro desconhecido. O homem ainda se deslocou a casa de uns vizinhos, já na madrugada de segunda-feira, entre as 2.15 e as 2.30 horas. Depois, desapareceu. A PJ continua a investigar.
“Chegaram sozinhos, talvez por volta das 19.30 horas. Estiveram a comer e não beberam bebidas alcoólicas. Segundo quem os atendeu, parecia estar tudo bem entre eles”, explicou ao JN Cecília Fernandes, proprietária da Delícia do Arieiro.
O estabelecimento situa-se a um quilómetro da Danceteria Alex, local que, até agora, se julgava ter sido o último onde o ex-casal tinha sido visto junto. São foi ao estabelecimento de diversão com uma amiga e Jair chegou cinco minutos depois. Dançaram a tarde toda e abandonaram a danceteria juntos, depois das 19 horas.
A família não acredita que a mulher tenha desaparecido por vontade própria. “A minha irmã foi raptada. Não ia embora sem dizer nada”, garantiu Manuel Figueiredo, conhecido como “Neca”, que acusa Jair de perseguir a ex-namorada, por não aceitar o fim da relação.
“Não a largava e passava a vida a ligar-lhe, mas ela não atendia. Até para o meu filho, que vive em Jersey [Reino Unido], chegou a telefonar, a queixar-se de que a tia não queria nada com ele”, recordou.
São divide a vida entre Portugal e França, país de onde regressou no início de abril e onde estava desde setembro. Em casa, deixou o telemóvel português. Em sua posse tinha outro, com número francês, que já estava desligado quando, na segunda-feira, às 8 horas, a família a tentou contactar.
Na visita aos vizinhos, de madrugada, Jair avisou que se ia ausentar por dois ou três dias, por estar “desnorteado”. Em casa, deixou a carrinha e documentos. Quatro dias após o desaparecimento, deflagrou um fogo na garagem da sua moradia, consumindo parte do edifício.