Atuavam com extrema violência e não hesitavam em sequestrar e torturar os moradores idosos das vivendas que assaltavam para roubar relógios, joias e ouro. Sempre durante a noite, munidos de passa-montanha e luvas, os três homens assaltaram duas casas em Guimarães e Vila do Conde.
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Mas, esta quarta-feira, a PJ de Braga capturou dois deles: um cozinheiro e um desempregado, do Grande Porto, que foram hoje postos em prisão preventiva. Já uma empresária, de Gondomar, também detida pela PJ, por suspeitas de ser a encarregada por derreter o ouro roubado, terá de prestar uma caução de 20 mil euros, por ordem do Tribunal de Guimarães.
Um dos casos ocorreu a 20 de janeiro do ano passado, em Candoso Santiago e Mascotelos, em Guimarães, quando um homem, de 70 anos, viveu momentos de terror. Surpreendido nas traseiras de casa, começou por ser agredido com um soco na cara. Já no chão, foi amordaçado, vendado e imobilizado com fita adesiva e abraçadeiras. Os assaltantes arrastaram-no ainda até à garagem, onde o espancaram com socos e pontapés, exigindo saber onde guardava o ouro e o dinheiro.
Após revistarem a habitação, encontraram mais de sete mil euros. Mas queriam mais. Para o forçar a revelar onde guardava bens de valor, encostaram-lhe ao pescoço uma catana e recorreram a uma faca para lhe cortar um dedo. Como se não bastasse, regaram-lhe o corpo com álcool etílico e queimaram-lhe os pés, ameaçando incendiá-lo vivo. Em desespero, e já sem forças, o homem acabou por revelar o esconderijo de peças em ouro e de relógios.
Já em 25 de fevereiro deste ano, em Vila do Conde, o alvo foi uma idosa de 88 anos, doente de Alzheimer, e o seu filho, que com ela pernoitava. Arrombaram uma porta de casa, onde acharam dois cofres, que, sob ameaça de arma de fogo, o filho teve de abrir. Depois, amarram-no a um cadeirão. Levaram bens de meio milhão de euros.
Em ambos os casos, o ouro terá sido recebido pela empresária que o terá derretido para vendê-lo.