O principal suspeito pelo desaparecimento da grávida da Murtosa, que se encontra em prisão domiciliária, mudou de advogado, aguardando já esta semana pela reanálise das medidas de coação, a cargo da juíza de instrução criminal da Comarca de Aveiro.
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Fernando Valente era defendido pelo advogado Dário Matos, de Estarreja, tendo passado recentemente a ser defendido pelo advogado Carlos Ribas, de São João da Madeira, apurou esta quarta-feira o JN, junto de fontes judiciais. Carlos Ribas, advogado há cerca de 35 anos e formador da Ordem dos Advogados, é mestre em medicina legal, através de uma dissertação “A Credibilidade do Testemunho – A Verdade e a Mentira nos Tribunais”, pela Universidade do Porto.
Mónica Silva, de 33 anos, que estava grávida de sete meses, está desaparecida desde a noite de 3 de outubro de 2023, quando saiu de casa, na Murtosa, para tomar café, nunca mais tendo sido vista. Fernando Valente ficou em prisão preventiva a 18 de novembro de 2023, na sequência da sua detenção, pela Polícia Judiciária de Aveiro, após buscas domiciliárias, na Murtosa, em Gaia e em Cuba do Alentejo, sem nunca ter sido encontrado o cadáver.
Segundo a Comarca de Aveiro, naquela mesma ocasião, “entendeu-se que apenas uma medida de coação privativa da liberdade seria adequada, suficiente e proporcional, tendo em conta os perigos a acautelar de fuga, de perturbação do decurso do inquérito e de perturbação da ordem e tranquilidade públicas”, como tinha sido defendido pelo Ministério Público, após o interrogatório.
“Aplicou-se, por isso, a prisão preventiva, antevendo-se a possibilidade de uma vez reunidas as condições legalmente exigidas, substituir-se tal medida de coação pela de obrigação de permanência na habitação, com vigilância eletrónica, para o que logo se ordenou a realização do relatório necessário”, referiu-se aquando da alteração da medida coativa, a 21 de dezembro de 2023.