A Polícia Judiciária deteve, domingo, fora de flagrante delito, o presumível autor de nove crimes de incêndio urbano e de cinco de dano em edifício, ocorridos aos domingos, entre fevereiro de 2024 e o início deste mês, na cidade de Braga. Os prejuízos, em carros e outros bens, ascendem a centenas de milhares de euros.
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Um dos sinistros ocorreu a 2 de fevereiro, um domingo, no prédio com o número 25 da Praceta Cónego Francisco Pacheco Pereira, em São Vítor, tendo os Bombeiros Sapadores sido chamados, pelas 17 horas, para extinguirem um incêndio que deflagrou na garagem com o número 13 e que causou grande fumarada.
Os bombeiros estiveram no interior da zona de garagens a fazer manobras de dispersão do fumo, de modo a evitar que subisse para os andares superiores, complicando a vida aos residentes, tal como aconteceu no mesmo prédio em novembro de 2024. As chamas tiveram origem num sofá que se incendiou, disse ao JN outra fonte.
Segundo a PJ, o detido, de 43 anos, “por motivos fúteis e de forma intencional, aos domingos ao fim da tarde, introduzia-se em garagens de prédios compostos por vários andares, onde residem dezenas de famílias e, através de chama direta, procedia à ignição de material combustível no interior dos espaços, provocando os incêndios e outros danos”.
Com esta conduta, sublinha a Polícia, provocou prejuízos avultados, quer nas estruturas dos edifícios, quer em viaturas e outros bens, que ficaram destruídos pela ação fogo.
A PJ salienta que foram também “colocados em risco não apenas os edifícios diretamente atingidos, mas também prédios comerciais e habitacionais contíguos, com perigo para os seus residentes”.
Em diversas ocorrências, os incêndios foram precocemente detetados pelos residentes, que deram o alerta aos bombeiros, que prontamente os extinguiram, evitando a sua propagação.
O suspeito apresenta condenações anteriores por crimes de idêntica natureza.
As diligências realizadas permitiram, ainda, a recolha de vastos elementos de prova que levaram à detenção do incendiário.
O detido será presente, terça-feira, à autoridade judiciária para primeiro interrogatório e aplicação de medidas de coação.