A Polícia Judiciária (PJ) de Leiria deteve, esta quarta-feira, um homem desempregado, de 61 anos, suspeito de ter ateado um incêndio no sábado e seis no domingo, no concelho da Chamusca. Aguardam-se as medidas de coação decretadas após o primeiro interrogatório judicial.
Corpo do artigo
Avelino Lima, diretor da PJ de Leiria, adianta ao JN que o indivíduo, residente na zona onde terá provocado os incêndios, nas freguesias de Carregueira e de Pinheiro Grande, confessou a autoria dos crimes e não ofereceu resistência, no momento da detenção, “fora de flagrante delito”.
“É um homem com fascínio pelo fogo e com perfeita consciência do que está a fazer”, assegura o diretor da PJ de Leiria. “Já há uns tempos que o tínhamos referenciado, mas só agora conseguimos prova para o deter”, acrescenta. “Vamos ver se o conseguimos associar aos três incêndios do ano passado”, na freguesia de Vale de Vaca, no mesmo concelho.
Avelino Lima revela que o suspeito estava a ser “monitorizado” pela Polícia Judiciária. “Estamos sempre atentos a este tipo de indivíduos. Agora, entre estar atento e produzir prova [do crime] vai uma distância”, comenta. De qualquer forma, refere que o primeiro incêndio ocorreu no sábado e o suspeito foi preso no dia seguinte.
Os sete crimes de incêndio florestal resultaram na destruição de um total de 3,5 hectares de floresta, através da ignição causada por um isqueiro sobre a vegetação seca. “O fogo só não atingiu maiores proporções devido à pronta intervenção dos bombeiros”, garante um comunicado da PJ. Avelino Lima diz não ter indicação de ter colocado em risco habitações.
“Destaca-se a articulação na comunicação destas ocorrências entre a PJ e os mestres florestais da GNR – SEPNA de Torres Novas, fundamental para o combate a esta criminalidade”, lê-se no comunicado da Polícia Judiciária.