Mateus Marley Machado é suspeito de ter assassinado estudante universitário de Braga.
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O homem detido por ser suspeito de matar o estudante de Braga conhecido por “Manu” estava prestes a ser expulso de Portugal, devido a uma condenação anterior nos Estados Unidos da América. Mateus Marley Machado apanhou uma pena de dois anos e três meses de prisão efetiva, por ter integrado um grupo de assaltantes à mão armada.
Condenado há cerca de quatro anos, o brasileiro foi deportado, após cumprir a sua pena de prisão efetiva, e veio para Portugal, onde chegou em 2023. Na altura, apresentou a manifestação de interesse e aguardava autorização de permanência e de residência no nosso país.
Fontes policiais revelaram ao JN que o suspeito do homicídio do estudante Manuel Gonçalves, assassinado à facada, no mês passado, à porta do Bar Académico, em Braga, residia em Portugal, ao abrigo do regime de manifestação de interesse.
O pedido de autorização de permanência e de residência em Portugal de Mateus Marley Machado, 27 anos, tinha já um projeto de indeferimento, pela parte da Agência para Integração, Migrações e Asilo (AIMA), a entidade que sucedeu ao SEF. O parecer negativo da AIMA tinha por base um procedimento cautelar, usado quando há certezas ou fortes indícios de que um imigrante foi condenado no estrangeiro, por um crime que, em Portugal, é punido com uma pena igual ou superior a um ano de cadeia.
Marley ainda teve a oportunidade para contestar a decisão, mas como não o fez dentro do prazo legal, ia ser notificado da ordem de expulsão três dias depois da data do homicídio de “Manu”.
Prisão preventiva
Mateus Marley Machado estava, ultimamente, a viver em Gaia com uma namorada, de 17 anos, de origem búlgara. Após o crime de Braga, foi detido numa zona serrana e fronteiriça do distrito de Castelo Branco, já pronto a fugir de Portugal, mas foi impedido pela Polícia Judiciária de Braga, numa operação apoiada por outras forças policiais.
Levado a tribunal, foi interrogado pelo juiz de instrução criminal e, no final, posto em prisão preventiva. O magistrado alegou o perigo de fuga para justificar a medida de coação. Todavia, António Falé de Carvalho, advogado do brasileiro, garante que Marley está inocente.