A PSP deteve esta segunda-feira o condutor de 46 anos que, a 8 de setembro, atropelou mortalmente um jovem, de 21, na Avenida dos Estados Unidos da América na freguesia de Alvalade, em Lisboa. Afonso Gonçalves, natural de Guimarães, sofreu ferimentos graves e foi transportado para o hospital, onde acabou por falecer.
Corpo do artigo
Fonte oficial da PSP disse, ao JN, que o suspeito, que será apresentado esta terça-feira às autoridades judiciárias, foi detido pelas 17.30 horas, na sequência de um mandado de detenção fora de flagrante delito. Questionada sobre quais os motivos que estiveram na origem da detenção do condutor, mais de um mês depois dos factos, a mesma fonte limitou-se a dizer que em causa estavam "diligências de investigação".
A notícia da detenção surge três dias depois de a TVI ter revelado que, aquando do crime, o suspeito estava em liberdade condicional por ter abusado sexualmente de uma criança, em 2018 (crime pelo qual foi condenado a três anos e dez meses de prisão efetiva), e já tinha atropelado, quatro anos antes, outra pessoa, que acabou também por morrer. Neste último caso, o condutor foi absolvido, tendo a culpa sido atribuída ao peão.
Tal como JN noticiou em setembro, após ter matado Afonso Gonçalves na passadeira, o condutor pôs-se em fuga, sem prestar auxílio. A polícia só chegou até ele, 48 horas depois, pelo facto de a sua viatura táxi, que estava estacionada na Praça Eduardo Mondlane, em Lisboa, apresentar danos na parte da frente e no pára-brisas, o que levantou suspeitas de que pudessem estar relacionados com o atropelamento mortal.
Após várias diligências, entre as quais o apuramento da identidade do condutor, o mesmo acabou por assumir a autoria do atropelamento. O veículo foi removido para inspeção.
Levado para a esquadra, à data, o condutor foi apenas identificado, constituído arguido e sujeito a termo de identidade e residência. Dias depois de ter atropelado Afonso, o taxista voltou a ser detido, mas pelo crime de especulação.

