Dois homens de 73 e 55 anos foram detidos por burla no concelho de Loures. Os militares da GNR surpreenderam os criminosos quando tentavam convencer a vítima de que conseguiam transformar papéis negros em dólares. Vão ser apresentados às autoridades judiciárias.
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Os burlões, apresentando-se como elementos do corpo diplomático, manifestaram à vítima intenção de comprar um imóvei de mais de 500 mil euros. Propuseram fazer parte do pagamento do imóvel através de transferência bancária e outra através de numerário.
Após ganharem a confiança da vítima, de forma ardilosa, tentaram convencê-la de que "através de um processo 'milagroso', seria possível converter papéis escurecidos em notas verdadeiras". Para tal, eles forneceriam um líquido especial e a vítima forneceria as notas verdadeiras.
"A detenção ocorreu em flagrante delito quando os suspeitos se preparavam para iniciar o processo de transformação dos papéis escurecidos em euros, com uma quantia avultada que a vítima se preparava para entregar", explica a GNR através de comunicado.
Notas falsas com valor superior a um milhão de euros
Após as detenções foram apreendidas uma garrafa com o líquido e o pó usado para “transformar” as notas, maços de notas falsas que teriam um valor facial superior a 1 milhão de euros, dois telemóveis, rolos de papel de alumínio, dois carimbos para marcarem as notas e um cofre.
A GNR explica que este modo de atuação, conhecido como "Dólares Negros", processa-se utilizando retângulos de papel de cor negra com medidas semelhantes às notas verdadeiras, ou com maços com papéis em branco, semelhantes aos vulgarmente concebidos para organizar notas verdadeiras.
Colocam fotocópias no topo e fundo do alegado maço de notas
Os burlões colocam no topo e no fundo do monte fotocópias de notas verdadeiras que, por se encontrarem acondicionadas com película aderente, geram a convicção de que se tratam de notas verdadeiras. Depois, juntam um líquido, que fazem crer às vítimas tratar-se de algo raro e valioso, para transformar aquele papel em dinheiro verdadeiro.
A Guarda relembra que "a denúncia deste e qualquer outro crime é extremamente importante, sendo fundamental para o conhecimento das ocorrências/situações que se vão verificando na zona de ação, bem como para auxiliar a monitorização do fenómeno e a gestão operacional dos recursos disponíveis para áreas onde o crime poderá ser mais incidente".