Sete arguidos foram condenados esta terça-feira, três deles a penas de prisão efetiva, por vários assaltos a cafés e restaurantes de Porto e Aveiro. Lucraram quase 80 mil euros com os crimes, cometidos em apenas cinco meses.
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Os três principais arguidos foram alvo de penas de prisão entre os nove anos e meio e os dez anos e meio. Um casal de irmãos foi ainda condenado a dois anos e meio de prisão, pena suspensa na execução, por tráfico de droga.
Entre junho e novembro de 2022, usando carros furtados, nos quais colocavam matrículas falsas, o gangue realizou vários roubos a cafés, restaurantes e postos de abastecimento de combustível do Grande Porto com o principal objetivo de roubar máquinas de tabaco.
Crimes de Ovar a Amarante
O grupo cometeu furtos em várias zonas do Grande Porto e Aveiro: Porto, Maia, Gondomar, Matosinhos, Vila Nova de Gaia, Paços de Ferreira, Felgueiras, Lousada, Amarante, Paredes e Ovar.
A coberto da noite, arrombavam as portas com pés de cabra ou arremetiam os veículos contra as grades para aceder ao interior dos estabelecimentos. Depois, levavam as máquinas de tabaco, dinheiro e outros objetos de valor que encontrassem.
Alguns dos maços de tabaco eram vendidos num café em Gondomar, explorado pela mãe de um dos arguidos. Outros eram vendidos a terceiros, por preços abaixo do mercado lícito, pela companheira e sogra do mesmo arguido em negócios combinados.
Terão lucrado cerca de 15 mil euros com a venda ilícita do tabaco. As três, Flávia, 26 anos, Dália, 57 anos, e Maria, 68 anos, foram acusadas e condenadas a 200 dias de multa por recetação.
Provados 25 crimes de furto
O tribunal deu como provados 25 dos 28 crimes de furto pelos quais vinham acusados. Para o coletivo de juízes do Tribunal de São João Novo, no Porto, os arguidos atuavam com “bastante organização e método”, não havendo dúvidas de que os crimes eram premeditados. Ao todo, terão lucrado cerca de 77 mil euros com os assaltos.
Fábio, 33 anos, foi condenado a dez anos e meio de prisão; Carlos, 31 anos, e Tiago, 34 anos, a nove anos e meio de prisão. Os três já se encontravam em prisão domiciliária.
Miguel, 45 anos, e a irmã Flávia foram alvo de uma pena de dois anos de prisão, suspensa na sua execução, por tráfico de estupefacientes.