O Tribunal de Instrução de Guimarães está a ouvir dez arguidos, detidos na segunda-feira pelo NIC da GNR da Póvoa de Lanhoso por suspeita do crime de tráfico de estupefaciente praticado, maioritariamente, na zona de Vizela e no vale do Sousa.
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A GNR deteve três suspeitos em flagrante delito e sete através de mandados de detenção.
Fonte judicial disse ao JN que a rede de tráfico era comandada por Fábio A., incidindo sobre ele, também, suspeitas de um crime de resistência e coação sobre funcionário e de um crime de condução perigosa de veículo rodoviário.
A polícia concluiu que, pelo menos desde 29 de maio de 2023, os arguidos, isoladamente e/ou comunhão de esforços, dedicaram-se à venda de substâncias estupefacientes, designadamente cocaína, heroína e canábis, mediante contrapartida monetária ou outra.
O arguido Fábio A., além da distribuição direta ao consumidor, articulou-se com os arguidos Marco S. e Rui G., para adquirir produto estupefaciente nas zonas do Grande Porto, Gaia e Felgueiras, procedendo posteriormente ao seu transporte para a cidade de Vizela, para venda aos consumidores.
Com a passagem do tempo, os três arguidos “deixaram de ir com tanta frequência às cidades do Porto e Gaia, optando por se deslocarem a Felgueiras, sendo este local mais próximo de Vizela, o que lhes conferia mais segurança no transporte do estupefaciente, já que não necessitavam de percorrer longas distâncias, evitando assim uma maior probabilidade de serem sujeitos a fiscalizações aleatórias das autoridades policiais”.
A GNR diz, ainda, que, em Vizela, as transações de droga eram "cuidadosas e dissimuladas", e que, e, Felgueiras os atos de venda eram" similares às dos bairros conotados com o tráfico das grandes cidades, tais como os existentes na cidade do Porto".
Acentua, ainda, que, na Avenida da Liberdade em Felgueiras, o grupo instalou-se numa zona erma, com várias casas devolutas, onde procedia à venda do estupefaciente e fazia-o em grande parte do dia (pelo menos desde o meio da tarde até à noite) sem sair do local, fazendo até as refeições no interior das casas devolutas.