Dezenas de polícias à civil no Parlamento para "cobrar" subsídio igual ao da PJ
Mais de 30 polícias à civil estão, esta quarta-feira, nas galerias da Assembleia da República a assistir ao debate do Orçamento do Estado para 2025. O objetivo é "cobrar" a promessa de que os profissionais da PSP e GNR teriam um subsídio, que inclui o risco, igual ao de missão da PJ, a rondar os mil euros.
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"Entendemos que estamos a ser discriminados. Se há um princípio que, para trabalho igual, remuneração igual, então, para risco igual, suplemento de risco de igual. Os últimos dias [de tumultos na Área Metropolitana de Lisboa] foram a prova viva de que o risco a que os polícias da Polícia de Segurança Pública estão expostos é muito superior ao risco que nós estamos a ser compensados todos os meses", afirmou aos jornalistas, à entrada, o presidente do Sindicato Nacional de Polícia (SINAPOL), Armando Ferreira.
Há três meses, em julho de 2024, o Governo chegou a acordo com as principais estruturas sindicais da GNR e da PSP para um aumento faseado até 2026 de 300 euros brutos, para 400 euros brutos, na componente fixa do suplemento de serviço e risco de ambas as forças de segurança. O subsídio têm ainda uma componente variável correspondente a 20% da remuneração-base de cada profissional. O SINAPOL, tal como outras associações sindicais minoritárias, rejeitou a proposta, por ficar aquém do montante do suplemento de missão recebido, desde o final de 2023, pelos inspetores da Polícia Judiciária (PJ).