Diretor nacional da PSP não sabe quando nem como será concluída a extinção do SEF
Superintendente-chefe Magina da Silva reuniu, ontem, com os sindicatos. Na próxima segunda-feira, será a vez do ministro da Administração Interna receber dirigentes sindicais e já há promessas de protestos na rua
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O diretor nacional da PSP, superintendente-chefe Magina da Silva, não sabe quando nem como será efetuada a fusão do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) com os restantes órgãos de polícia criminal. A garantia foi dada pelo próprio oficial da PSP, numa reunião que, ontem, manteve com os sindicatos desta força policial. Para a próxima segunda-feira, está marcado um encontro entre as mesmas estruturas sindicais e o ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, e já há dirigentes a prometer contestação na rua se o governante não for ao encontro das suas pretensões.
"O superintendente-chefe Magina da Silva explicou que o processo legislativo ainda se encontra a decorrer e que a reestruturação irá implicar a criação de uma unidade orgânica de segurança aeroportuária e controlo fronteiriço, cujos moldes ainda não estão definidos. Magina da Silva esclareceu também que ainda não existem previsões cronológicas concretas para a passagem das responsabilidades do SEF para a PSP, bem como para a GNR", descreveu o Sindicato Independente dos Agentes de Polícia (SIAP).
A estrutura liderada por Carlos Torres referiu também que o diretor nacional defende que a reestruturação do SEF deverá "levar à criação um novo estatuto na PSP", mas que esta alteração não será discutida em breve.
O Sindicato Nacional da Polícia (SINAPOL) confirma que Magina da Silva não tem informação sobre a data de conclusão do processo que levará à extinção do SEF. Mas acrescenta que, no âmbito dessa decisão, será criada na PSP uma unidade orgânica de segurança aeroportuária e controlo fronteiriço. "O diretor nacional confirmou que só 19 polícias estão em comissão de serviço no SEF e a trabalhar nos aeroportos", referiu Armando Ferreira.
Esperado "sinal positivo" do ministro
O presidente do SINAPOL declarou que, na próxima segunda-feira, os sindicatos da PSP irão reunir com o ministro da Administração Interna e, desde já, assegura que irá exigir a promoção de, pelo menos, mil polícias a agente-coordenador, de 300 a chefe-principal e outros 300 a chefe-coordenador. "Isto para este ano, porque entendemos que em 2023 deve haver um novo reforço", afirmou.
Armando Ferreira reivindicará ainda que se discuta o aumento dos índices e suplementos remuneratórios e promete, desde já, protestar na rua "se não houver um sinal positivo do ministro referente a estas matérias".
"A direção do SIAP aguarda com grande expectativa os desenvolvimentos em curso e estará como sempre disponível para trabalhar em parceria com a direção nacional da PSP, no sentido de contribuir cabalmente para a melhoria das carreiras e condições dignas de trabalho de todos os elementos policiais", sustenta este sindicato.