Diretora de cadeia é investigada, mas não por "utilização de dinheiros públicos"
A diretora do Estabelecimento Prisional (EP) de Monsanto está a ser investigada pelo Ministério Público, depois de ter sido alvo de uma denúncia anónima. A informação foi confirmada pela Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP), que assegurou que em causa "não está a utilização de dinheiros públicos".
Corpo do artigo
Em resposta ao JN, a DGRSP informou que o inquérito-crime está no Ministério Público do Departamento de Investigação e Ação Penal. Entretanto, numa denúncia anónima, a que o JN teve acesso, a diretora da referida cadeia de alta segurança é acusada de se ter apropriado de dez mil euros de um seguro. O denunciante argumentou que o dinheiro seria destinado ao arranjo de um muro exterior da prisão, mas a diretora teria recorrido a mão de obra de reclusos para fazer a obra.
"Nunca vi uma empresa de construção a realizar obras no muro. No entanto, o mesmo está feito. O dinheiro dado pela seguradora como está justificado nas contas do EP? Onde estão os seus registos?", lê-se na denúncia, em que o seu autor, por razões alegadamente "compreensíveis", se identifica apenas como "elemento do corpo da guarda prisional".