Diretora reclama 100 mil euros à Águas do Porto por assédio de administrador
A ex-diretora de Exploração da Águas e Energia do Porto Catarina Tuna de Sousa intentou uma ação, que já chegou a julgamento, em que reclama uma indemnização de mais de cem mil euros à empresa municipal, por alegado assédio moral do administrador-executivo Ruben Fernandes.
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Catarina Tuna de Sousa sustenta que chegou a ser “braço-direito” do administrador, enquanto este não se sentiu “confiante” para assumir de forma autónoma o cargo para o qual tinha sido nomeado em dezembro de 2021. Mas, depois de o administrador ter atingido um conjunto de objetivos predeterminados, cuja execução delegou em si, a ex-diretora de Exploração diz que passou a ser “marginalizada” e alvo de assédio moral por parte dele. “De grande proximidade e confiança, passou a ter uma postura de hostilidade permanente”, afirma a queixosa.
Catarina Tuna de Sousa acusa o então superior hierárquico de a sobrecarregar com trabalho, de lhe exigir respostas rápidas “a formalidades não urgentes”, de “demonstrar um afastamento e total desinteresse pelos problemas existentes no terreno” e de “desrespeitar as hierarquias, dando ordens diretas a elementos da sua equipa, sem o seu conhecimento”. Além disso, exigia à diretora “responsabilidades sobre assuntos que coordenou diretamente com a equipa, responsabilizando-a por trabalhos que deixaram de ser da sua competência por iniciativa própria do administrador”, afirma ainda.