DJ Beka fica em prisão preventiva por transformar spas em locais de prostituição

Também a sua sócia e o agente da PSP, detidos na semana passada, durante a operação “Last Massage”, ficam em prisão preventiva. O polícia é suspeito de lenocínio e de burla tributária.

Outras três mulheres brasileiras, com papéis de menor revelo no esquema de lenocínio através de dois spas de Cascais e Lisboa, foram libertadas. Ficam, no entanto, proibidas de contactar entre si e de se sair de Portugal, tendo de entregar o passaporte.

Rebeka Episcopo é uma empresária, DJ, produtora e modelo que há muito estava radicada em Portugal. Possuía, em Cascais e em Lisboa, dois espaços comerciais denominados de Nuro Spa. Na página oficial, os estabelecimentos são descritos como os locais ideais “para desconectar do dia a dia e emergir em uma experiência de sensualidade e auto-descobrimento”. “Nosso objetivo é servir aos nossos clientes com a filosofia e arte do Tantra, que é uma filosofia comportamental de princípios matriarcais e sensoriais”, lê-se.

Mulheres recrutadas no Brasil

Porém, uma investigação da PSP, feita ao longo dos últimos dois anos, mostrou que os spas eram locais de prostituição, geridos por uma rede liderada pela DJ Beka. Rebeka Episcopo é suspeita de recrutar mulheres no Brasil e trazê-las para Portugal para trabalhar nos Nuru Spa. 

DJ Beka tinha o apoio direto de uma sócia, também brasileira e também detida na operação de 1 de abril. E ainda contava com o auxílio de um agente da PSP, que estava de baixa médica prolongada. 

Na operação “Last Massage”, a PSP apreendeu mais de 107 mil euros em dinheiro, dois cheques bancários, de cinco mil euros cada um, dois cartões bancários e cinco terminais de pagamento multibanco. Foram, igualmente, apreendidas três armas de fogo, dezenas de munições e nove latas de gás pimenta.