Entre 2006 e 2013, as forças de segurança mataram 27 civis, mas nos dois últimos anos não se registaram quaisquer mortes. Do outro lado, desde o ano 2000, sete agentes da autoridade foram mortos em serviço.
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Entre 2006 e 2013, registaram-se 27 mortes de civis pela polícia (14 pela GNR, 14 e 13 pela PSP). O número diminuiu com o passar do tempo até que, nos dois últimos anos, nenhum civil morreu às mãos das forças de segurança.
Algumas mortes tiveram um grande impacto mediático.
Foi o caso de Nuno Rodrigues, conhecido como MC Snake, que morreu depois de baleado por um agente da PSP, após uma perseguição automóvel, em 2010. Nuno Rodrigues, de 30 anos de idade, desobedeceu ao sinal de paragem numa operação de fiscalização de trânsito e fugiu. Foi perseguido durante mais de cinco quilómetros, em Lisboa, até ser parado por uma bala que o atingiu nas costas, pelas 5.00 horas. O agente da PSP autor do disparo, Nuno Moreira, era quase da mesma idade (tinha 27 anos) e estava há poucos meses a trabalhar na Equipa de Intervenção Rápida da PSP. Foi condenado a 20 meses de prisão, com pena suspensa.
Ainda antes, em 2008, um menor de idade que seguia num carro envolvido num assalto e posterior perseguição policial morreu depois de a polícia disparar sobre a viatura, em Loures. O carro era conduzido pelo pai do menor, que se tinha evadido da cadeia de Alcoentre há anos. O condutor foi confrontado à porta do armazém, mas não se deteve e tentou atropelar o polícia, Hugo Ernano, que iniciou uma perseguição. Durante a perseguição, o menor foi atingido a tiro e morreu.
Hugo Ernano foi condenado em tribunal a uma pena, suspensa, de quatro anos de prisão, por homicídio simples por negligência grosseira, e a pagar uma indemnização de 35 mil euros à mãe e de 10 mil euros ao pai do menor.