Dois dirigentes desportivos, dois jogadores e um clube da II Liga foram acusados de corrupção ativa agravada pelo Ministério Público (MP). Na época de 2017/18, terão aliciado jogadores antes de um encontro decisivo para facilitar a vitória do adversário. Nenhum dos jogadores abordados terá aceitado.
Corpo do artigo
Segundo a acusação, os quatro arguidos, “em conjugação de esforços, abordaram jogadores de futebol da segunda liga, antes da realização de um encontro decisivo” para “facilitar a vitória à equipa adversária”. Em troca. terão prometido aos atletas que, na época seguinte, os contratariam por valores elevados ou lhes dariam uma quantia significativa de dinheiro . O MP frisa que nenhum dos jogadores abordados aceitou as propostas.
O JN questionou a Procuradoria-Geral da República sobre os clubes envolvidos, mas ainda não obteve resposta.
Após uma investigação do DCIAP, coadjuvada pela Polícia Judiciária, os cinco arguidos – uma pessoa coletiva, dois dirigentes e dois jogadores – foram acusados por ilícitos de corrupção ativa agravados nos termos do regime de responsabilidade penal por comportamentos antidesportivos.
O MP pediu a aplicação das penas acessórias de suspensão de participação em competições desportivas aos dois jogadores, proibição de participação em competições desportiva e de privação do direito a subsídios, subvenções ou incentivos à pessoa coletiva e proibição do exercício de função para os dirigentes desportivos. Foi ainda requerida a perda de bens e vantagens no valor de 80 mil euros.