Dois meses após desaparecimento de Mónica Silva, populares voltam a fazer buscas
Um grupo de populares vai realizar novas buscas, entre a Torreira e São Jacinto, durante a tarde deste domingo, para tentar encontrar o corpo de Mónica Silva, no dia em que se completam dois meses do seu desaparecimento. A mulher de 33 anos foi vista pela última vez na Murtosa.
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Mónica Silva, de 33 anos, com dois filhos, de 14 e 11 anos, deixou de ser vista já na noite de 3 de outubro, quando se ausentou de casa, na Murtosa, levando as ecografias da gravidez, para se encontrar com alguém do círculo das suas relações de amizade. Desde então, autoridades, família e populares têm tentado perceber o que aconteceu, com buscas e outras diligências em vários pontos do país.
Depois da primeira incursão pelos pinhais das Quintas do Sul, na Torreira, um grupo de populares, que se espera mais numeroso, voltará hoje à zona entre a Ria de Aveiro e o Atlântico. As buscas deste domingo serão realizadas mais a sul da Torreira, terminando na Reserva Natural de São Jacinto, por não ser previsível que o corpo da desaparecida possa estar num local onde há sempre vigilantes da natureza, segundo explicam familiares da vítima.
PJ de Aveiro investiga mistério
A Polícia Judiciária de Aveiro, que ainda não fez qualquer comunicado acerca do caso, continua a investigar o desaparecimento, aguardando resultados de vestígios hemáticos recolhidos durante as diligências. Fernando Valente, empresário da Murtosa, com 38 anos e já detido pela Polícia Judiciária de Aveiro, será o principal suspeito pelos crimes de homicídio qualificado, aborto agravado e ocultação de cadáver, estando preso preventivamente há duas semanas.
A PJ de Aveiro realizou buscas, entre os dias 15 e 16 de novembro, nas residências e no estabelecimento da família de Fernando Valente, na Murtosa, na Torreira, em Pedroso (Vila Nova de Gaia) e em Cuba do Alentejo, mas até agora não conseguiu encontrar o corpo. Fernando Valente, ainda antes de ter sido detido pela PJ, negou ser o pai do bebé, ou qualquer tipo de envolvimento no caso, tal como o fizeram os seus pais, que acompanharam as buscas com a PJ.
Nesta fase das investigações, há várias hipóteses em aberto, como a eventual cumplicidade ou participação direta de mais pessoas, no misterioso caso do desaparecimento e do provável homicídio de Mónica Silva.