Dois reclusos fugiram da cadeia de Alcoentre, na Azambuja, na tarde desta segunda-feira. Condenados por roubo e tráfico de droga, os presos, de 37 e 44 anos, continuam em paradeiro incerto.
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Têm sido dias agitados na cadeia de Alcoentre. No domingo, o guarda que estava na torre de vigia viu um homem a arremessar telemóveis para o interior de um dos pátios do estabelecimento prisional, mas quando os guardas foram no seu encalço aquele fugiu. Quatro telemóveis foram, no entanto, recolhidos.
Já pelas 18.30 horas de hoje houve novo caso. Dois reclusos jantaram, regressaram ao pátio da Ala B da cadeia e esperaram que alguns colegas começassem a recolher às celas. Nessa altura, e aproveitando que a atenção dos guardas estava no processo de recolhimento, os dois presos subiram o muro de vedação usando pés e mãos para, de costas para a parede, trepar uma esquina que unia duas partes do muro. Uma vez no topo, usaram casacos ou panos para ultrapassar a rede laminada e chegar ao telhado.
E foi aqui que desenrolaram a corda feita com lençóis, que tinham consigo desde o início, e que foi fundamental para descerem os cerca de cinco metros que os separava do chão. Quando acabaram a descida limitaram-se a correr sem obstáculo.
A fuga ocorreu nas imediações da torre de vigia que estava a funcionar no domingo, mas que, nesta segunda-feira, estava desativada. "Não sabemos a razão por que não estava nenhum guarda na torre de vigia", refere, ao JN, o presidente do Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional, Frederico Morais.
Neste momento, as autoridades continuam à procura dos dois fugitivos. Um chama-se Hélder Malheiro, tem 37 anos e estava preso por roubos. O outro é Augusto Cabral Dinis, de 44 anos e que responde pelo crime de tráfico de droga.