Ministério Público imputa associação criminosa a grupo internacional de assaltantes.
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O grupo internacional responsável pelo violento assalto à ourivesaria Cacho, em Valença, onde, em novembro do ano passado, um dos assaltantes foi baleado por um magistrado do Ministério Público (MP), acaba de ser acusado de associação criminosa, roubo, furto, falsificação de documentos e posse de arma proibida. O gangue, liderado pelo dono de um bar galego e composto por espanhóis, albaneses, marroquinos e italianos que estão em prisão preventiva, reunia-se num alojamento local de Pontevedra para preparar os assaltos.
De acordo com a acusação do MP de Viana do Castelo, o grupo era liderado por Jaime Orge, gerente do bar “Cruzes de Pazos”, em Pontevedra. Terá sido ele quem financiou e montou a estrutura logística, além de ter recrutado operacionais para cometer assaltos a ourivesarias portuguesas. Alugava viaturas e alojamento para os “operacionais” e definia os locais dos roubos, além de “gerir e distribuir os lucros da atividade criminosa”.
Uma investigação da GNR apanhou o grupo, que já era suspeito de diversos assaltos, a vigiar as ourivesarias Mário, em Vila Verde, onde tentaram estroncar a grade de proteção, Venâncio Sousa, em Viana, Ramos, em Valença, Nuno Ramos e Façanha, em Monção, além das lojas Matos, Carvalho e Dama d’Ouro, em Ponte de Lima.
No dia 14 de novembro do ano passado, cinco dos operacionais foram à ourivesaria Cacho. Dois entraram na loja, onde agrediram um dos donos à coronhada. Um terceiro entrou e partiu as montras, para sacar cerca de 400 mil euros em artigos de ouro. Foram apanhados à saída, onde a GNR tinha montado uma vigilância.