O dono do cão que atacou uma criança em Matosinhos foi ouvido, esta quarta-feira à tarde, e ficou sujeito a termo de identidade e residência.
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Márcio foi ouvido por um procurador do Ministério Público, no Tribunal de Matosinhos, que determinou que o caso, já em segredo de justiça, seguirá para inquérito no Ministério Público.
O homem incorre em crimes de ofensa à integridade física negligente (por não ter o animal devidamente açaimado e com trela), ofensa à integridade física (por agressões ao pai da criança) e omissão do dever de auxílio (por ter abandonado o local após o ataque).
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Já o cão continuará à guarda do Canil Municipal de Santa Cruz do Bispo, em Matosinhos, até o tribunal decidir se o animal será ou não eutanasiado.
À saída do Tribunal de Matosinhos, o advogado de defesa, João Macedo, referiu apenas que o processo está em segredo de justiça, não podendo fazer mais comentários. "Saiu, para já não vai ser presente a ninguém e o processo irá correr nos termos normais, com toda a serenidade e no tribunal onde deve correr", afirmou.
A criança foi atacada ontem em Leça do Balio, Matosinhos. Outras três pessoas ficaram também feridas.
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O pai da criança explicou que estava na casa mortuária da Igreja do Padrão da Légua a assistir ao velório de um amigo, e saiu com a filha quando viu o cão a andar sem trela e açaime e avisou dono, pedindo para que o prendesse, mas este respondeu-lhe de forma agressiva. O pai tentou então tirar-lhe uma fotografia e foi, nesse momento, que o cão atacou a menina de quatro anos.
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De acordo com a PSP, o cão andaria na via pública sem trela e sem açaime, acompanhado do dono que, após o ataque, fugiu com o animal, acabando pouco depois detido pelas autoridades.