Dono de ginásio na Trofa detido por violação pode ter atacado mais vítimas, admite PJ
A Polícia Judiciária (PJ) admite que o preparador físico detido por suspeitas de ter violado uma mulher no ginásio, de que também é proprietário, na Trofa, possa ter feito mais vítimas. Por isso, apela a denúncias para poderem ser apuradas eventuais responsabilidades criminais.
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"Admite-se essa possibilidade [de haver mais vítimas]. Por se tratar de um crime semipúblico, ou seja, em que o respetivo procedimento criminal depende de apresentação de queixa, queremos apelar a eventuais vítimas para apresentarem queixa-crime. Têm um ano para o fazer após os factos", disse, ao JN, um fonte desta Polícia.
O preparador foi detido por suspeita de, em março deste ano, ter violado uma mulher, “com mais de 30 anos”, num gabinete de avaliação no ginásio.
Segundo a fonte, o suspeito, de 53 anos, entabulou conversa com a vítima, a partir de uma conta na rede social Instagram, “no início de março”, e propôs-lhe os seus serviços, começando por uma avaliação física.
A mulher aceitou e, quando estava no interior de um gabinete do espaço de fitness, não obstante a sua resistência, foi violada pelo arguido.
Logo a seguir ao crime, a mulher apresentou queixa às autoridades policiais. A Diretoria do Norte da Polícia Judiciária tomou conta do caso e, esta semana, os seus inspetores acabaram por deter o suposto agressor.
Apresentado a primeiro interrogatório judicial para ser ouvido por um juiz de instrução criminal, o preparador físico ficou sujeito a várias medidas de coação não detentivas, nomeadamente apresentações semanais, proibição de contactos com a ofendida, proibição de frequentar o ginásio e suspensão do exercício de funções.
Segundo ainda foi possível apurar, há outro inquérito em curso no Ministério Público, por coação sexual, que envolve o mesmo arguido e outra vítima. A Polícia Judiciária só agora tomou conhecimento desta ocorrência, cuja investigação foi delegada pelo Ministério Público noutro órgão de polícia criminal, apesar de ter características semelhantes ao caso da alegada violação.