Duarte Lima diz que "provas arrasadoras" são "pura especulação"
O advogado no Brasil de Duarte Lima diz que as alegadas "provas arrasadoras" no caso da morte de Rosalina Ribeiro divulgadas, esta sexta-feira, pelo semanário Sol, "não têm nada de novo" e "são pura especulação".
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O semanário "Sol" noticia que a polícia brasileira afirmou ser detentora de "fortes indícios do envolvimento de Duarte Lima no assassínio de Rosalina Ribeiro, em Dezembro de 2009, com base, entre outros elementos, nas multas por excesso de velocidade do carro que o ex-deputado do PSD terá alugado para transportar a vítima no dia em que foi morta".
Titula na primeira página "provas são arrasadoras" e enumera vários factos: "carro de Duarte Lima esteve no local do crime na véspera do assassínio", "primeiro tiro foi disparado ainda dentro do automóvel", "carro foi entregue lavado e sem o tapete do lado do 'pendura' e "ex-deputado disse não saber onde alugou o carro - mas escreveu à empresa a pedir a factura".
Numa nota enviada à Agência Lusa, João Costa Ribeiro Filho, advogado brasileiro de Duarte Lima, diz que a "pseudo investigação não tem nada de novo em relação às notícias sobre este tema, que já foram divulgadas no passado, e não passa de pura especulação".
O advogado salienta que ao contrário do que tem sido anunciado, a "prova existente nos autos inocenta" Duarte Lima.
João Costa Ribeiro Filho escreve ainda que até ao momento "não houve qualquer pronunciamento sobre esta matéria nem por parte da justiça nem do Ministério Público brasileiro".
"A manipulação vergonhosa que fontes nunca identificadas, genericamente atribuídas à polícia brasileira, vêm fazendo há mais de um ano sobre este caso, às vezes de forma obscena e vergonhosa, serve os interesses que são conhecidos em Portugal, o que torna ainda mais chocante", escreve o advogado em comunicado, sem referir aqueles interesses.
O advogado afirma que Duarte Lima vai aguardar em silêncio até que a investigação seja concluída para depois "pedir contas aos responsáveis pelas calúnias".
Entretanto, diz ainda João Costa Ribeiro Filho, o ex-deputado do PSD apenas intervirá para chamar a atenção para a total inconsistência da campanha que lhe movem através dos jornais porque não é possível de outro modo".
Rosalina Ribeiro, antiga secretária do milionário Lúcio Feteira, estava a disputar na justiça com a filha deste uma herança e Duarte Lima era o seu advogado.