A EDP Distribuição e um gestor operacional da empresa foram acusados pelo Ministério Público (MP) de Portimão de um crime de incêndio florestal por negligência na forma agravada.
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Em causa está o incêndio em Monchique, no Algarve, em agosto de 2018. De acordo com a Acusação, o fogo terá sido causado pelo contacto repetido de um cabo elétrico de média tensão com ramos de eucaliptos na zona de Perna Seca, em Taipas.
Ainda segundo o MP, a EDP e o gestor, responsável pela manutenção de redes elétricas, não mantiveram limpa, como deviam, uma faixa de segurança adequada junto ao referido cabo.
O incêndio começou a 3 de agosto e foi combatido durante sete dias por dezenas de corporações de bombeiros de todo o país. Consumiu uma área florestal de 26885 hectares dos concelhos de Silves, Odemira, Portimão e Monchique, 62 casas de primeira habitação e 49 de segunda habitação. Feriu cerca de 40 pessoas e matou 5600 animais.
A investigação esteve a cargo da Polícia Judiciária e foi dirigida pelo MP do Departamento de Investigação e Ação Penal de Faro.
