
Eduardo Vítor Rodrigues, ex-presidente da Câmara de Gaia
Foto: André Rolo
O ex-presidente da Câmara de Gaia, Eduardo Vítor Rodrigues, rejeita ter difamado, nas redes sociais, o seu sucessor, Luís Filipe Menezes, que pede ao antigo autarca uma indemnização de 2500 euros, destinados a uma associação. O caso chegou esta terça-feira ao Tribunal de Instrução Criminal (TIC) do Porto, onde irá ser decidido se o caso tem indícios suficientes para levar a julgamento Vítor Rodrigues, que, aos jornalistas, declarou não compreender porque "as disputas políticas passaram para os tribunais".
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O caso remonta a finais de 2023. Menezes, através da rede social Facebook, acusou o então presidente da câmara, Vítor Rodrigues, de ser "o mandante" de "criminosas cambalhotas", que o terão prejudicado num processo de licenciamento de um terreno seu. Menezes apontou putativas "alterações de pareceres técnicos, visando tramar o seu processo.
Vítor Rodrigues reagiu e, sem nunca citar Menezes, publicou que não conseguia "comentar o texto de um doente" que o persegue, avisando da sua intenção de "promover a limpeza das mentiras" em tribunal. Usou as palavras "tratante", "cobarde" e "digno de pena". Menezes fez queixa. O Ministério Público não acompanhou pelo que o agora presidente da Câmara de Gaia, deduziu acusação particular.
É a "parte dois" de um folhetim que opõe dois conhecidos autarcas de Gaia. No primeiro, Menezes já foi julgado por pretensa difamação de Vítor Rodrigues, estando a leitura de sentença marcada para os próximos dias. Nesta segunda parte, as posições inverteram-se.
O advogado do socialista, Leopoldo Carvalhães, considerou que a publicação de Eduardo Vítor Rodrigues deve ser vista como um "contra-ataque", rejeitando qualquer ofensa.
Ao contrário de Menezes que não esteve presente, Vítor Rodrigues foi ao TIC e, à porta do tribunal, declarou não acreditar "na vitimização e no uso da justiça para fazer política", acrescentando: "em três atos eleitorais a que eu fui, nunca tive a sorte de ter o Doutor Menezes pela frente".
