O diretor desportivo da Efapel, José Azevedo, confirmou, ao JN, que houve uma busca na residência do ciclista Francisco Campos e que este foi constituído arguido, o que levou a equipa a suspender o atleta e a preparar um processo de rescisão de contrato com o atleta.
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"Temos uma política de tolerância zero com qualquer assunto que possa estar relacionado com o doping. Assim que tivemos conhecimento que o atleta é suspeito de alguma prática proibida, decidimos suspendê-lo de toda a atividade relacionada com a equipa, e o seu contrato será, no futuro, rescindindo", declarou José Azevedo.
O responsável da Efapel garantiu que as instalações da equipa, sedeada em Vila do Conde, não foram alvo de qualquer busca por parte das autoridades, algo que o JN pode confirmar, na medida em que esteve presente no local esta terça-feira de manhã -, reforçando que a equipa "cumpre com todas as regras de ética impostas pela UCI".
"Temos um código de conduta interno totalmente rígido no que toca ao doping. Qualquer incumprimento dos atletas para com o mesmo tem uma imediata reação, sem qualquer tolerância. Foi exatamente o que se passou neste caso", vincou José Azevedo.
O diretor desportivo confirmou que Francisco Campos estava escalado para participar na Volta a Portugal, mas dada a sua suspensão imediata será substituído pelo companheiro de equipa Francisco Guerreiro.
"Não podemos ter o atleta entre nós"
José Santos, diretor desportivo da Rádio Popular-Paredes Boavista, também confirmou ao JN que um dos seus ciclistas foi alvo de buscas na sua residência por parte das autoridades, e que tendo em conta a suspeição, a equipa decidiu suspender, no imediato, o atleta.
Ao que o JN apurou, trata-se de Daniel Freitas, que já não vai representar os axadrezados na Volta a Portugal.
"Assim que recolhemos informações sobre o sucedido, não nos restou outra opção que não suspender o ciclista e substituí-lo das nossas opções para a Volta a Portugal. Os atletas sabem que na Rádio Popular-Paredes-Boavista condenamos e não toleramos qualquer prática proibida. Todos têm o direito à presunção de inocência, mas enquanto a situação não ficar totalmente esclarecida não podemos ter o atleta entre nós", garantiu José Santos.