Empreiteiro e dono de obra julgados por morte de trabalhador em Lisboa
O Tribunal Local Criminal de Lisboa começa esta segunda -feira a julgar o empreiteiro, o coordenador e o dono da obra em que morreu soterrado, em agosto de 2018, um trabalhador de 60 anos. Estão acusados de terem violado as regras de segurança, para pouparem na construção do prédio, perto de Santos. Os arguidos negam.
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Segundo a acusação do Ministério Público (MP), o acidente aconteceu pelas 17.05 horas de 14 de agosto, durante a construção de um edifício com fachadas para a calçada do Marquês de Abrantes, uma transversal da avenida D. Carlos I, e para a rua do Merca-Tudo.
António Carlos, português de origem guineense e residente com a filha na Grande Lisboa, realizava “trabalhos de cofragem em madeira para a caixa do elevador, no terceiro piso da obra”, quando ficou soterrado após o desabamento de uma “empena contígua” a um edifício da D. Carlos I. A morte ocorreu cerca de dois meses depois de, alega o MP, o empreiteiro, o dono da obra e o coordenador terem sido alertados, por e-mail, por uma funcionária da “entidade executante” para o risco de desmoronamento da parede caso se mantivesse a solução estrutural prevista.