Empresa de produtos farmacêuticos da Madeira abastecia mercado negro internacional de anabolizantes
Uma empresa da Madeira de comercialização de produtos farmacêuticos também se dedicava à importação e exportação de esteroides usados por atletas e frequentadores de ginásio para, ilicitamente, aumentar a massa muscular.
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Dois funcionários da empresa foram detidos, nesta semana, numa operação levada a cabo pela Polícia Judiciária (PJ) e que permitiu a apreensão de 150 mil embalagens deste tipo de substâncias num dos armazéns da sociedade.
A informação sobre o crime de tráfico de substâncias proibidas, punível com uma pena até cinco anos de prisão, chegou do estrangeiro e deu início a uma investigação efetuada pelo Departamento da Madeira da PJ. No âmbito das diligências efetuadas, os inspetores descobriram que a empresa utilizava a importação de produtos farmacêuticos para dissimular a compra ilegal de esteroides anabolizantes sintéticos no estrangeiro.
Estas substâncias proibidas eram, em primeiro lugar, guardadas nas instalações da empresa e, logo que possível, revendidas para outros países. A empresa madeirense abastecia, assim, o mercado negro internacional de produtos utilizados por atletas e frequentadores de ginásio para aumentar a massa muscular. Porém, a PJ ainda está a tentar perceber como é que eram realizados os contactos entre a empresa madeirense, clientes e fornecedores.
Funcionários detidos
Nesta semana, os indícios recolhidos durante a investigação foram confirmados numa busca efetuada a um dos armazéns da empresa, situado no Caniçal, onde foram encontrados “cerca de 150 mil embalagens de esteroides anabolizantes sintéticos (injetáveis e orais)”.
“Foram ainda apreendidos equipamentos de refrigeração, uma balança industrial e outras digitais de precisão, material próprio para a embalagem e envio de encomendas, dispositivos informáticos e diversa documentação”, informa a PJ.
Na altura da busca, dois funcionários da empresa foram surpreendidos no interior do armazém e, por se encontrarem junto das substâncias proibidas, detidos. Foram, entretanto, libertados, até porque as autoridades suspeitam que não sejam eles os principais mentores do esquema de tráfico de substâncias proibidas.
Até ao momento, não foram constituídos mais arguidos, mas a investigação prossegue.