Um dos empresários julgados por construção ilegal na zona protegida da Albufeira da Caniçada, no Gerês, confessou esta quarta-feira, no Tribunal de Braga, que a obra foi para além do que tinha sido autorizado pela Câmara Municipal de Vieira do Minho. A área tinha o triplo da dimensão das alegadas ruínas de casas velhas que possibilitaram a edificação e que, afinal, tudo indica terem sido currais.
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Fernando Neves, de 71 anos, residente em Vila do Conde, também reconheceu que as fotografias juntas ao processo para licenciamento na autarquia, não representam o terreno que adquiriu em Louredo, Vieira do Minho. As fotos falsas simularam a existência de construções antigas que lhe deram direitos de construção e cuja autenticidade é colocada em causa pelo Ministério Público.
Fernando Neves admitiu ter construído "um sala e um quarto", mesmo depois de ter sido "informado verbalmente" na Câmara que nunca seria autorizado tal aditamento para a zona que está abrangida pelo Plano de Ordenamento da Albufeira da Caniçada, do Parque Nacional da Peneda-Gerês.