Empresário contratava toxicodependentes e pagava-lhes com cocaína e heroína que traficava

Tudo acabou em março de 2022, quando o empresário foi preso preventivamente e a empresa fechou atividade
Pedro Rocha / Global Imagens / Arquivo
O sócio-gerente de uma empresa de jardinagem de Amarante pagava parte ou, em alguns casos, a totalidade dos salários de nove funcionários com heroína ou cocaína. Sujeito a julgamento, o arguido foi condenado a uma pena de seis anos de prisão, confirmada agora pelo Supremo Tribunal de Justiça (STJ).
Os operários, na sua maioria com dificuldades socioeconómicas e dependência de drogas duras, ficaram cada vez mais submissos ao patrão, por dele dependerem para satisfazer o vício. Os factos ocorreram entre maio de 2020 e março de 2022. O empresário comercializava diariamente drogas duras, mas não para sustentar qualquer vício próprio, pois nunca foi consumidor. O seu objetivo era somente o lucro, tanto que o preço de venda que praticava era o dobro do de aquisição. Manteve-se nesta atividade durante quase dois anos, mesmo após uma primeira apreensão de drogas, em junho de 2021.

