Ministério Público acusa também seis empresários e cinco sociedades por ilícitos em torno de terrenos para as autoestradas A43, A41 e A32.
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Um ex-engenheiro da Brisa foi acusado pelo Ministério Público de 120 crimes de burla e 120 crimes de corrupção passiva, em torno de expropriações de terrenos para a construção de vários lanços de autoestradas no Norte de Portugal.
A acusação do Departamento de Investigação e Ação Penal do Ministério Público do Porto abrange mais seis pessoas singulares e cinco empresas, por crimes de burla e corrupção ativa. A investigação da Polícia Judiciária do Porto detetou indícios de conluio entre os compradores de terrenos e o engenheiro da Brisa, responsável pelo núcleo de expropriações do Norte.
Em causa estão concessões rodoviárias ao agrupamento Auto-Estradas do Douro Litoral (AEDL), de que faziam parte diversas sociedades, entre elas a Brisa. A AEDL foi, a partir de 2007, a concessionária da conceção, projeto, construção, aumento de vias, financiamento, conservação e exploração das autoestradas A43, A41 e A32.
Na mesma acusação, o Ministério Público reclama de todos os arguidos o pagamento ao Estado de mais de oito milhões de euros correspondentes às vantagens dos crimes.