Entravam em garagens e furtavam bicicletas e trotinetas: "Gangue das bikes" vai a julgamento
O julgamento de Fúlvio Cavaco Silva, de 37 anos, acusado de onze crimes de furto qualificado e um de burla informática, arranca esta terça-feira no Tribunal de Beja e junta três processos, em que os furtos, em valor material e monetário, ascenderam a 11.838,99 euros.
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Além do arguido, Sara Arêde, de 32 anos, responde por nove crimes de furto qualificado e sete crimes de recetação, e Fábio Filipe, de 33, está acusado de um crime de recetação.
A especialização do principal arguido, Fúlvio Cavaco Silva, era entrar em garagens e furtar tudo o que apanhava à mão, mas particularmente bicicletas, a que juntou trotinetas, dinheiro, cartões de crédito. Depois, com uma cúmplice, “passavam” os velocípedes furtadas a uma loja de vendas de segunda mão. O trio, que ficou conhecido como o “gangue das bikes”, praticou os furtos entre 28 de janeiro e 31 de março de 2023, dirigiam-se a Lisboa e, apresentando-se como legítimos proprietários, fizeram a venda dos velocípedes furtados à loja de Cash Converters, “Cashtrade, Lda”, por 1705 euros.
A detenção do “gangue das bikes” ocorreu no dia 12 de abril de 2023, tendo sido apreendido um automóvel onde transportavam as bicicletas furtadas, depois de uma primeira detenção de Fúlvio Cavaco Silva, tendo a investigação conduzido à recuperação de todo o material furtado na posse da loja, em Lisboa, onde estavam à venda.
Em 20 de novembro de 2023, Fúlvio sido condenado a pagar uma multa de dois mil euros, pelo furto de uma bicicleta de 250 euros, e à perda do automóvel utilizado no crime. No entanto, a juíza que presidiu ao julgamento nunca passou a decisão para o processo, o que levou à anulação da sentença, tendo sido incorporado no novo processo em julgamento.