A ministra da Justiça da Hungria, Judit Varga, decidiu que o traficante brasileiro Sérgio Roberto de Carvalho, que também é conhecido por "Escobar brasileiro" e esteve a viver em Portugal, dever ser extraditado para a Bélgica.
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A governante também respondeu positivamente a pedidos de extradição do Brasil e dos Estados Unidos da América (EUA), mas decidiu que Sérgio Roberto de Carvalho, antigo major da Polícia Militar do Mato Grosso do Sul, deve começar por ser entregue à Bélgica, por integrar a União Europeia e o espaço Schengen, tal como a Hungria.
O traficante foi detido em junho de 2022, quando tomava o pequeno-almoço num hotel de Budapeste, e ficou em prisão preventiva.
A Bélgica pediu então a sua extradição, por associá-lo a transportes de cocaína do Brasil para o seu território e querer julgá-lo por isso. Razões semelhantes assistem a Brasil e EUA, pois a organização do "Escobar brasileiro" é suspeita de abastecer os mercados europeu e norte-americano com dezenas de toneladas de droga e por branqueamento de capitais em larga escala.
Apesar do seu poderio, aquela organização levou um duro golpe no final de 2021. A Polícia Federal esteve na origem de uma operação com mais de 200 buscas em dez estados brasileiros, em Portugal, Espanha, Colômbia e Emirados Árabes Unidos. Só numa carrinha estacionada em Lisboa, a PJ apreendeu 11,7 milhões de euros em numerário. No Brasil, foram apreendidos 37 aviões usados no transporte da droga.
Cerca de três meses antes, o "Escobar brasileiro" fugira de Lisboa. Procurado pelas autoridades, viveu durante cerca de dois anos na capital portuguesa, em dois apartamentos e com identidades falsas.