Escolta de alta segurança para triplo homicida ter sexo com reclusa causa mal-estar na cadeia
Sidney Martins, o homem acusado do triplo homicídio de uma família de Bragança que terá cometido com a namorada, Nélida Guerreiro, beneficiou, esta quinta-feira, de uma escolta do Grupo de Intervenção e Segurança Prisional (GISP) para gozar uma visita íntima com a mulher, presa na cadeia de Santa Cruz do Bispo. O caso está a causar mal-estar na prisão de Custoias, onde Sidney está recluso e os guardas prisionais se queixam de não ter efetivo suficiente para assegurar as diligências externas, como levar os presos aos tribunais.
Corpo do artigo
"Já há pouco efetivo e temos de nos desdobrar para conseguir cumprir com as diligências, como levar reclusos aos tribunais. Depois, temos casos como este em que um preso tem uma escolta de alta segurança para poder beneficiar de uma visita íntima. Claro que os reclusos têm direitos, mas tem de haver prioridades. A segurança dos guardas tem de ter primazia", adiantou ao JN um elemento do corpo da Guarda Prisional do Estabelecimento Prisional de Custoias, em Matosinhos, onde a falta de efetivo está a criar um sentimento de revolta.
"Temos de assegurar cerca de 30 diligências por dia e, ao mesmo tempo, há que controlar cerca de mil presos. Não temos efetivo suficiente e há que escolher as prioridades", critica a mesma fonte.
Nélida Guerreiro e Sidney Martins, a ser julgados pelo triplo homicídio de uma família em Donai, Bragança, estão presos a poucos quilómetros de distância. Sidney está em Custoias e Nélida na cadeia feminina de Santa Cruz do Bispo.
São conhecidos como Bonnie e Clyde portugueses por serem um casal e terem protagonizado vários assaltos à mão armada no Algarve e em Espanha. Foram detidos em agosto de 2022, em Zamora. Eram alvos de um mandado de detenção europeu por roubo, coação agravada, falsificação de arma proibida e condução perigosa.
Atualmente a cumprir nove anos de cadeia por causa dos roubos, o casal está a ser julgado no Tribunal de Bragança pelo homicídio de uma família, cometido em dois momentos diferentes, a 9 e 19 de julho de 2022.