Espanha reabre processo de português 38 anos após desaparecimento de mulher e filha

As autoridades suspeitam que o português, António Maria da Silva, tenha lançado para a Lagoa de Berbes, em 1987, os cadáveres da mulher e da filha de ambos
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A Polícia Nacional de Espanha reabriu uma investigação para tentar encontrar restos mortais de uma mulher e da filha, então de 13 meses, que desapareceram há 38 anos. O suspeito é um cidadão português. As buscas decorrem nas Astúrias.
O processo foi reaberto por decisão do Tribunal de Instrução Criminal de Gijón, do principado das Astúrias, no norte de Espanha, e as buscas estão a ser realizadas em Berbes (Astúrias) e em Matadeón de los Oteros (León).
As diligências policiais têm decorrido mais na zona asturiana, onde se suspeita que o português, António Maria da Silva, tenha lançado para a Lagoa de Berbes, em 1987, os cadáveres da mulher e da filha de ambos, cada uma dentro de um carro.
Nas últimas semanas, agentes da Unidade de Delinquência Especializada e Violenta (UDEV) da Polícia Nacional têm feito buscas na zona da lagoa e escavações na casa das vítimas, com a ajuda de operários.
António Maria da Silva terá nascido na Covilhã e utilizado a identidade falsa de Maurício Ramos Lopes, acabando por casar com María Trinidad Suaudíaz Suero (Mari Trini), que era 18 anos mais nova. O português foi apontado como o único suspeito pelo desaparecimento de Mari Trini e da filha, Beatriz, mas negou sempre qualquer responsabilidade. Há sete anos, voltou para Portugal, desconhecendo-se, atualmente, o seu paradeiro, segundo a Polícia Nacional de Espanha. Se for vivo, terá hoje 79 anos.
O homem também foi suspeito de contrabando de tabaco, entre Espanha e Portugal, tendo estado preso cerca de dois anos naquele país.
