Instituição acolheu curso de arqueologia forense destinado à partilha de experiências. Métodos são usados em cerca de “dez casos por ano” em Portugal.
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Munidos de pás, ancinhos, sachos e vassouras de jardinagem, dois grupos de homens e mulheres de todas as idades parecem simplesmente estar, sob um sol tórrido, a trabalhar a terra na escola de formação da Polícia Judiciária (PJ), na Quinta do Bom Sucesso, em Loures. Mas na investigação criminal, como em tudo, as aparências iludem e os agricultores são afinal especialistas forenses à procura de cadáveres “de brincar”, em jeito de treino para quando for necessário descobrir ou desenterrar corpos de vítimas reais, incluindo em cenários de guerra.
Durante dois dias, o Instituto de PJ e Ciências Forenses recebeu, pela terceira vez em sete edições, uma formação sobre arqueologia forense promovida pela Rede Europeia de Institutos de Ciências Forenses (ENFSI, na sigla oficial), da qual o Laboratório de Polícia Científica (LPC) da PJ faz parte.