Marta Temido, cabeça de lista do PS às europeias disse esta quinta-feira aos jornalistas que acredita na Justiça e que "espera ser chamada para ser ouvida" pela Polícia Judiciária no caso que investiga o alegado favorecimento de duas crianças luso-brasileiras.
Corpo do artigo
"Acredito na Justiça, no Ministério Público, na Polícia Judiciária", afirmou a ex-ministra da Saúde, confrontada com a realização de buscas a Lacerda Sales, ao Hospital Santa Maria e aos ministérios da Saúde e da Segurança Social, entre outros, no âmbito da referida investigação.
A candidata socialista ao Parlamento Europeu, que era ministra da Saúde aquando da alegada "cunha" pedida pelo filho do presidente da República, garantiu ainda: "Os ministros não autorizam a administração de medicamentos, sobretudo quando não são médicos. Sabemos que houve pedidos, mas insisto que não tive conhecimento e estou disponível para dar todos os conhecimentos".
Marta Temido afirmou ainda que "estar na política é uma questão de caráter", escusando-se a fazer críticas ao facto de as buscas decorrerem em plena campanha eleitoral para as eleições europeias do dia 9 de junho. "Não entro nessa disputa", referiu, esclarendo porém ter a certeza que "os timings e as diligências são fundados apenas num objetivos que é apurar a verdade".