A Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais informou esta terça-feira que não é possível "fazer o levantamento imediato do número de casos de doença de Alzheimer ou de patologias semelhantes" nas cadeias. Admite, ainda assim, que a doença, entre as demências degenerativas primárias, é "a mais frequente".
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Em resposta enviada ao JN, o organismo responsável pela prevenção criminal, execução de penas, reinserção social e gestão dos sistemas tutelar educativo e prisional começa por dizer que "a especiação dos valores por doença é particularmente difícil de estabelecer, atendendo à permeabilidade e entrecruzamento que se estabelece neste tipo de patologias" e que "as demências constituem uma expressão clínica de várias entidades patológicas, de entre as quais a mais prevalecente é a doença degenerativa primária, seguida da demência vascular".
Assegura ainda que "todos os reclusos que sofrem de doença neurológica incapacitante são colocados, sempre que possível e tomando em consideração o seu grau de dependência, em unidades orgânicas que disponham de prestação de cuidados de saúde com horário alargado ou mesmo nas 24 horas".
Estes estabelecimentos, acrescentam os Serviços Prisionais, são os que "têm valências clinicas e de enfermagem com possibilidade de internamento", de que são exemplo o Hospital Prisional, o Estabelecimento Prisional de Lisboa, o Estabelecimento Prisional do Porto, o Estabelecimento Prisional de Paços de Ferreira e os Estabelecimentos Prisionais de Santa Cruz do Bispo, quer o masculino quer o feminino.
A DGRSP informa ainda que o grau de incapacidade dos reclusos "resulta da avaliação efetuada pelos serviços de saúde" com quem, assegura, "se está em permanente articulação, sendo que todos os estabelecimentos prisionais dispõem de médicos de clínica geral e psiquiatras que acompanham estes doentes e articulam com os hospitais do SNS para as consultas de especialidade, nomeadamente neurologia.