Em 2018, após dois anos de vigilâncias, a investigação em Portugal chegou a um impasse. Havia fortes indícios do tráfico de crianças, mas era preciso identificar vítimas e suspeitos e isso só podia ser feito na Roménia.
Corpo do artigo
Foi nessa altura que as autoridades nacionais recorreram à Europol e a Polícia europeia lançou um apelo que seria acolhido por espanhóis e romenos. Em 2019, todos se sentaram à mesma mesa, numa reunião ocorrida em território espanhol.
A Espanha acabaria por abandonar o inquérito, mas polícias e procuradores romenos juntaram-se aos colegas portugueses e o DIAP do Porto fez uso de uma Decisão Europeia de Investigação para requerer à Roménia a identificação dos alvos e análise das suas contas bancárias. “Confirmaram-se as suspeitas, o que permitiu acionar os mecanismos judiciários europeus”, recorda fonte autorizada do Ministério Público.