O antigo presidente da Câmara Municipal de Esposende, Benjamim Pereira, apresentou no Tribunal de Esposende uma queixa-crime por injúria e difamação agravada, na sequência de publicações nas redes sociais que o associam à morte de um casal de namorados ocorrida em 2022, após um deslizamento de terras e pedras gigantes na freguesia de Palmeira de Faro.
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O ex-autarca afirma respeitar a liberdade de expressão, mas considera que os limites da tolerância foram ultrapassados. Sublinha que nunca foi acusado nem constituído arguido em qualquer processo relacionado com a tragédia e que todas as decisões que tomou enquanto presidente de Câmara foram sempre fundamentadas em pareceres técnicos e dentro da legalidade. Benjamim Pereira denuncia a circulação de imputações falsas e gravíssimas que, na sua opinião, têm como objetivo manchar a sua imagem em pleno período eleitoral, uma vez que é candidato à Assembleia Municipal de Esposende.
O antigo presidente lembra ainda que a moldura penal para os crimes em causa pode ir até cinco anos de prisão ou multa, agravada pelo facto de se tratar de um membro do Estado Português, e acrescenta confiar plenamente na justiça e na força da verdade.
As publicações visadas, partilhadas online há poucos dias, responsabilizam diretamente Benjamim Pereira pela tragédia de 23 de novembro de 2022, que vitimou Susana e Fábio, dois jovens da freguesia de Palmeira de Faro, acusando-o de ter aprovado um projeto urbanístico já indeferido por alegados riscos de segurança.
O ex-autarca rejeita de forma absoluta qualquer ligação ao caso e lamenta que nenhuma força política se tenha manifestado contra aquilo que considera serem ataques pessoais graves. Nas publicações exige-se justiça exemplar e insiste-se em atribuir responsabilidades políticas e pessoais ao antigo presidente da Câmara.
O processo segue agora para apreciação judicial, cabendo ao tribunal determinar se estão em causa crimes de difamação, calúnia e ofensa ao bom nome.