O ex-diretor-geral do Sporting de Braga João Gomes, que começou esta quinta-feira a ser julgado por alegada tentativa de extorsão agravada, negou ter pedido, em 2018, 250 mil euros ao líder da SAD, António Salvador, para deixar o cargo, ou ameaçado denunciar irregularidades no clube. Salvador reafirmoou a acusação.
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O ex-diretor afirmou ter-se reunido com Salvador num hotel, tendo-lhe entregue uma carta que recebeu de alguns sócios, protestando contra a adjudicação à ABB, gerida pelo vice-presidente da SAD, Gaspar Borges, da obra de construção da Academia desportiva: “Disse-lhe que o assunto me punha em causa, na medida em que fui membro do júri do concurso”, contou, vincando que a ABB ficara em segundo lugar, mas foi repetido o concurso “para que ficasse em primeiro”.
A seguir, e na qualidade de testemunha, António Salvador contou que João Gomes quis uma reunião, e nela pediu para não ser interrompido e entregou-lhe um envelope com duas folhas. Numa, pedia 250 mil euros para sair, o Mercedes que lhe estava distribuído e subsídio de desemprego. Na outra, ameaçava denunciar alegados casos de faturas irregulares: “Li aquilo, fui atrás dele, mas ele já ia no carro e não quis parar”.