Ex-diretor do Museu da Presidência condenado a seis anos e seis meses de prisão por desviar bens
O Tribunal de Lisboa condenou o ex-diretor do Museu da Presidência, Diogo Gaspar, a seis anos e seis meses de prisão efetiva por ter elaborado um esquema para retirar proveitos próprios em eventos e meios ao seu dispor no Museu da Presidência da República.
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O presidente do coletivo de juízes, Luís Ribeiro, considerou que foi graças a Diogo Gaspar que existe o Museu da Presidência da República, mas que este aproveitou-se da confiança que tinha para "ter mais que aquilo a que tinha direito".
Diogo Gaspar foi condenado por sete crimes de peculato, quatro de participação económica em negócio, três de falsificação de documentos, quatro de abuso de poder e um de tráfico de influências. "Traiu a confiança depositada em si por antigos presidentes da República e que impunham uma conduta irrepreensível em representação do maior órgão de soberania do Estado e o que fez foi uma profunda distorção dos valores dessa instituição", afirmou Luís Ribeiro.
Os outros três arguidos no processo foram condenados a penas suspensas inferiores a dois anos. "Deixaram-se influenciar pelo arguido Diogo Gaspar que exercia uma pressão imensa e que queria para vocês mais do que deviam e assim deixaram-se levar", afirmou o juiz.
Soares da Veiga, advogado de Diogo Gaspar, admitiu à saída do tribunal que vai recorrer da sentença. O arguido vinha acusado de 42 crimes e foi condenado por 18 a prisão efetiva de seis anos e seis meses pelo que o tribunal considerou ser o repúdio dos crimes no âmbito do exercício das funções.
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